PERFIL DOS PACIENTES IDOSOS POLIMEDICADOS E OS SEUS REGIMES FARMACOTERAPÊUTICOS
Palavras-chave:
Adesão Farmacoterapêutica - Idosos, Polifarmácia.- IdososResumo
O tratamento de idosos com múltiplas morbidades, muitas vezes, leva à prescrição de múltiplas medicações, referida como polifarmácia. O uso de múltiplas drogas aumenta o risco de reações adversas a medicamentos e torna os idosos mais vulneráveis a eventos adversos. A adesão pode ser um desafio para os mais velhos, mostrando que o aumento no número de medicamentos prescritos e complexidade do regime estão correlacionados com menor adesão do tratamento. Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar o perfil dos pacientes idosos polimedicados, os medicamentos em utilizados e as dificuldades no uso dos mesmos. Foi realizado um estudo observacional transversal com 30 pacientes idosos com idades superiores a 60 anos, usuários de quatro medicações ou mais, atendidos pelo Clube da Terceira Idade de Travessão de Campos da cidade de Campos do Goytacazes/RJ, entre março/abril de 2018. As variáveis coletadas referentes a população estudada foram: idade, sexo, estado civil, alguma doença diagnosticada, medicamentos em uso, posologia, tempo de uso desses medicamentos, desconforto com o uso de algum medicamento, dificuldade com algum medicamento ou com a prescrição. Verificou-se que as mulheres utilizavam mais medicamentos quando comparadas com os homens. Dos medicamentos registrados, pode-se perceber que os anti-hipertensivos estão entre as drogas mais utilizadas pelo grupo analisado. Das queixas relatadas sobre os medicamentos utilizados (70,0%) dos idosos relataram ter desconforto ao utilizar medicamentos. As dificuldades econômicas para aquisição e o esquecimento foram os fatores mais referidos pelos idosos para as dificuldades na administração do medicamento.
Downloads
Referências
ANDRADE, M.A.; SILVA, M.V.S.; FREITAS, O. Assistência Farmacêutica como Estratégia para o uso racional de medicamentos em idosos. Semana Ciências Biológicas e da Saúde, v. 25, n.1, p. 55-63, 2004.
CARVALHO, M. F. C., et al. Polifarmácia entre idosos do Município de São Paulo - Estudo SABE. Revista Brasileira de Epidemiologia, São Paulo, v. 15, n. 4, p. 817-827, dez. 2012.
CASCAES E.; FALCHETTI M.L.; GALATO D. Perfil da automedicação em idosos participantes de grupos da terceira idade de uma cidade do sul do Brasil. Arquivos Catarinenses de Medicina, v. 37, n. 1, 2008. Disponível em: <http://www.acm.org.br/revista/pdf/artigos/537.pdf>. Acesso em: 21 maio 2018.
CASSONI, T.C.J., et al. Uso de medicamentos potencialmente inapropriados por idosos do Município de São Paulo, Brasil: Estudo SABE. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 30, n. 8, p 1708-1720, ago. 2014.
CHAIMOWICZ, F. A saúde dos idosos brasileiros às vésperas do século XXI: problemas, projeções e alternativas. Revista de Saúde Pública, n. 31, v. 1, p. 184-202, 1997.
FORMULARIUM. Efeitos de medicamentos na prática de exercícios físicos. 2015. Disponível em: <http://www.formularium.com.br/inform/informe-saude/efeitos-de-medicamentos-na-pratica-de-exercicios-fisicos/>. Acesso em: 17 maio 2018.
GALATO, D.; SILVA, E. S. da; TIBURCIO, L.S. Estudo de utilização de medicamentos em idosos residentes em uma cidade do sul de Santa Catarina (Brasil): um olhar sobre a polimedicação. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 15, n. 6, p. 2899-2905, set. 2010.
GOMES, R.; NASCIMENTO, E.F.; ARAÚJO, F.C. Por que os homens buscam menos os serviços de saúde do que as mulheres? As explicações de homens com baixa escolaridade e homens com ensino superior. Cadernos de Saúde Pública, v.23, n.3, p. 565-74, 2007.
GOULD, O.N., TODD, L.; IRVINE-MEEK, J. Adherence devices in a community sample: How are pillboxes used?. Canadian Pharmacists Journal, v.142, n.1, p. 28-35, 2009.
GURWITZ, J.H., et al. Incidence and preventability of adverse drug events among older persons in the ambulatory setting. JAMA, v.289, n.9, p.1107-16, 2003. Disponível em: . Acesso em: 21 maio 2018.
HENRIQUES, M.A. Adesão ao regime terapêutico em idosos. Lisboa (Portugal):Universidade de Lisboa, 2006. Disponível em: . PDF. Acesso em 21 maio 2018.
JACKEVICIUS, C.A.; MAMDANI, M.; TU, J.V. Adherence With Statin Therapy in Elderly Patients With and Without Acute Coronary Syndromes. The Jounal of the American Medical Association, v. 288, n.4, p. 7-12, 2002.
MAESSEN D.W. et al. Fatores associados ao conhecimento apropriado das indicações para medicamentos prescritos em pacientes idosos que vivem na comunidade com polifarmácia. Idade e Envelhecimento, v.45, n.3, p. 402-408, abr. 2016. Disponível em: <https://academic.oup.com/ageing/article/45/3/402/1739763>. Acesso em: 15 mar. 2018.
MIRALLES, M.A. Acess to care and medication use among the Ambulatory Elderly in Rio de Janeiro, Brazil, 1992. University of Florid.
MOSEGUI, G.B.G. et al. Avaliação da qualidade do uso de medicamentos em idosos. Revista de Saúde Pública, v. 33, n. 5, p. 82-8, 1999.
PANDOLFI, M.B.; PIAZZOLLA, L.P.; LOUZADA, L.L. Prevalência de polifarmácia em idosos. Brasília Médica, v.47, n.1, p. 53-8, 2010.
PATTON D.E. et al. Intervenções baseadas em teoria para melhorar a adesão à medicação em idosos. Policiarmacologia prescrita: revisão sistemática. Drogas e envelhecimento, v.34, n.2, p.97-113, fev. 2017. Disponível em: <https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs40266-016-0426-6>. Acesso em: 13 mar. 2018.
PEIXOTO, J. S; SALCI M. A; RADOVANOVIC C. A. T et al. Riscos da interação droga-nutriente em idosos de instituição de longa permanência. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 33, n.3 , p. 156-164, 2012.
POLLOW & et al. Drug combinations and potential for risk of adverse drug reaction among community-dwelling elderly. Nurs. Res., v.431, p. 44-9, 1994.
RIBEIRO E. et al. Polifarmácia entre idosos do Município de São Paulo - Estudo SABE. Revista Brasileira de Epidemiologia, v.15, n.2, p. 817-827, 2012. Disponível em: <https://doaj.org/article/6e72e4b1a58944fb88435d2538d772c0?gathStatIcon=tru>. Acesso em: 17 mar. 2018.
RIGBY, D. Adherence assessment tools Drugs dont work when theyre not taken. The Australian Journal of Pharmacy, v. 88, p. 32-33, 2007.
ROCHA C.H., et al. Adesão à prescrição médica em idosos de Porto Alegre, RS. Ciência & Saúde Coletiva, v. 13, p. 703-10, 2008.
ROZENFELD, S. Prevalência, fatores associados e mau uso de medicamentos entre os idosos: uma revisão. Cadernos de Saúde Pública, v. 19, n. 3, p 717- 724, 2003.
ROZENFELD, S et al. Reações adversas aos medicamentos em idosos: as quedas em mulheres como iatrogenia farmacoterapêutica. Dissertação (Mestrado) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 1977.
SCHVEITZER, V; CLAUDINO, R. Importância da atividade física durante o processo de envelhecimento. Revista Digital, Buenos Aires, v. 14, n. 141, fev. 2010.
SANTIS, T.P.L.S. de. Polimedicação e Medicação Potencialmente Inapropriada no Idoso: estudo descritivo de base populacional em cuidados de saúde primários. 2009. 108 f. Dissertação (Mestrado em Geriatria) – Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra, Coimbra, 2009.
SANTOS, É. A. dos, et al. Morbidades e qualidade de vida de idosos com diabetes mellitus residentes nas zonas rural e urbana. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 47, n. 2, p. 393-400, abr. 2013.
SBH/SBC/SBN. Sociedade Brasileira de Hipertensão Arterial, Sociedade Brasileira de Cardiologia, Sociedade Brasileira de Nefrologia. IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. São Paulo, 2002.
SOMERS, A., et al. Evaluation of clinical pharmacist recommendations in the geriatric ward of a Belgium university hospital. Clin Interv Aging. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3686245/>. Acesso em: 22 maio 2018.
SOUSA S. et al. Polimedicação em doentes idosos: Adesão à terapêutica.Revista Portuguesa de Medicina geral e familiar, RPMGF, v. 27, n. 2, 2011.
VERAS, R.P. País jovem com cabelos brancos. Rio de Janeiro: Relume Dumar, n.3, p.224, 1994.
VIGETEL BRASIL. Hábitos dos brasileiros impactam no crescimento da obesidade e aumenta prevalência de diabetes e hipertensão. Disponível em: <http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/abril/17/Vigitel.pdf>. Acesso em: 5 jun. 2018.
